terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Magary Lord - A grande zebra do Carnaval Baiano de 2012

Primeiramente vamos aos fatos. Em janeiro de 2010, o Brasil inteiro já estava cantando e dançando Rebolation do Parangolé. Em janeiro de 2011, o Brasil inteiro já estava cantando e dançando Liga da Justiça do Levanóiz. O que eu questiono aqui é o seguinte. Em em janeiro de 2012, nenhuma música saiu da Bahia pra dominar o Brasil. O que está acontecendo com o Pagodão Baiano, está perdendo expressividade, criatividade ou o quê?
Edcity está trabalhando a "Pampam Raram Pampam", que eu me envergonho até de escrever o título, quanto mais comentar sobre a música. Psirico resolveu atacar de hino GLBTS com sua "Bate Cabelo". Basicamente é só, o resto são bandas alardeando terem o sucesso de verão sem passar disso, puro alarde.

No inicio do ano passado, em um post intitulado "O Pagode Baiano e seus impasses" escrevi a seguinte sentença:

"Depois de um dos carnavais baianos mais brocoxôs da história de Salvador, o pagodão, swingueira, quebradeira ou sei lá que nome que se dê pro que se faz por lá apartir da matriz primordial do samba de roda, esse ano será crucial. Ou alguém tem o grande insight que detone a revolução ou os livros de história para sempre dissertarão sobre a cena que tinha tudo acontecer e que não aconteceu."

Ao que tudo indica ninguém teve o tal grande insight. Ou teve? Tem um cara que a cada semana chama mais a atenção para si em Salvador. Já é considerado por muitos como a grande zebra do carnaval baiano. Seu nome é tão improvável quanto a sua música: Magary Lord. Em seu release, consta que seu som é uma mistura de Semba (ritmo angolano), black music, rock, reggae, funk, soul e ritmos tradicionais do recôncavo baiano como o Samba de Roda e o Samba de Bordão. Caetano Veloso, Regina Casé e o ex-jogador Ronaldo Nazário já foram conferir os ensaios do rapaz.

Um dos pontos altos de seus cada vez mais concorridos shows é quando sua filha, a pequena Kalinde, sobre no palco para cantar a versão de Billie Jean de Michael Jackson. Nessa hora mais crianaças costumam subir ao palco e vira a maior bagunça. Epa! Péraí? Crianças num gênero famoso por seu apego a letras de putaria e duplo sentido? Pois é, Magary Lord gaba-se de suas composições da seguinte forma: "Minha música é sem palavrão. Música sem baixaria. Música sem bundinha. Música sem rimar melão com mamão."

Na época dos primórdios do Fantasmão o cantor Eddy (atual Edcity) já tentou qualificar as letras do pagode baiano, será que Magary Lord dará o passo além que nunca foi dado, nem pelo próprio Eddy? o Jeito é esperar por fevereiro e prestar muita atenção nas pipocas de Salvador.

Segue o vídeo "cartão de visitas de Magary Lord."


9 comentários:

Porra Timpin, grande falha aí!
MAGARY LORD não é PAGODE, e nem pode ser incluso nessa famigerada categoria! Magary Lord é Black Semba e ponto!!!!!
é diferente, é "estranho hein" é Black Semba!

Estava em Salvador até quarta passada e posso dizer, 10 em cada 10 carros tocam Magary....realmente o som dele dominou Salvador. Mas o pagodão não ficou de lado, Saiddy Bamba também vem fortissimo. Tanto que a expectativa de quem sairá no bloco as muquiranas (tradicional bloco do carnaval) é realmente a apresentação do saiddy.

vc mesmo falou q a musica hit do carnaval seria a do Edcity, e agora já tá botando defeito na musica!?

Timpin, é louvável seu empenho em cobrir toda a cena nacional q vc considera ser a verdadeira musica popular brasileira, mas é inevitável tb q, com tanto trabalho a fazer, vc tropece algumas vezes. Magary não é pagode baiano. A começar, pelo público. Em 2011 ele veio tendo uma boa escalada d sucesso, passando a ser mais conhecido pela população em geral, mas ainda é um artista de público universitário (parece q finalmente alguém aqui botou esse povo letrado e cheio d "não m toques" pra dançar!). Fez show c 6.000 pessoas d público, essa semana, o q indica q já está ampliando bem seu público, mas ainda não é coisa "d povão", nem hipermidiático (talvez, seja uma questão d mais 1 mês ou 2, para vir a ser). é o queridinho dos q esperam "salvação" para a música popular (d dança!) baiana; ou seja, para a minoria q acha q o pagodão é a perdição.

Em 2011, ele participou d ensaios (como artista convidado) d bandas d pagode (da veterana Nossa Juventude, q voltou em 2011; acho q com leva nóiz tb), mas o som dele, apesar d ser música d dança, não é pagode. É uma coisa mais "cosmopolita" (enqnt o pagodão é algo mais "provinciano" ou local ("cadê côco" - vc ouviu falar disso?) - e acho q por isso msm mantem o msm público fiel há 15 anos, desde os tempos do Tchan). Há semelhança com o pagodão em algumas letras tb, por serem simples, mas sem o simplismo d algumas das letras do pagode e sem a putaria tb (s essa é o essencial no pagode - seja em doses hiper-brandas (Harmonia) ou nas mais cavalares (Black Style), como Magary poderia ser pagode?). Bom, não acho q

não acho q o pagodão precise mudar em porra nenhuma (não acho, pq vejo a cara daqueles q gostam dessa musica qnd a ouvem, a dançam e isso, p mim, já é o suficiente), mas acho q Magary fará bem à SA sim (e à BA, ao BR e ao mundo!).

Qnt ao pagode ("swingueira" é um nome q alguns músicos d pagode chamam o gênero. mas o povão chama apenas d "pagode" mesmo e acabou), o grande nome em 2011 foi a Bronkka (Os Racionais MCs abriram show deles aqui, no ano passado; agora estão em pé d guerra c Chatiela Mercury, q mandou os muleques irem estudar), com o vocalista, Igor Kanário, s intitulando "principe do gueto" e cantando músicas sobre marcas d roupa q os jovens d periferia usam (Cyclone), Surubão, dar um tiro (cheirar?) farinha (coca?), dentre outras coisas. Essa banda tem uma legião d fãs na periferia d SA e não saem desses programas d TV do tipo "Se liga Bocão" tb. Uma q parece c essa, mas acho mais sincero o discurso do vocalista qnt ao "gueto", é a Guettho é Guettho (ex-No Stylo, q brigava c A Bronkka), sempre apontada nos blogs sobre pagode como uma das preferidas do público pagodeiro (certamente, da parte mais periférica desse público - não da parte mais classe média q compõe o público tb, a classe média não intelectualizada). Essas 2 bandas, ao meu ver, são herdeiras do Eddye dos tempos do Fantasmão, mas, talvez, com menos atitude e, com certeza, com menos consciência q a q Eddye tinha antigamente (agora, ele roeu a corda...). São mais abertos q ele à putaria tb (coisa q Eddye ainda evita, recorrendo ao tal do "pararam" - só assim pode tocar no "cotas" da Globo da Regina Casé, né?). Junto com essas 2, o q mais vejo o povão ouvindo nas praias e carros da cidade é muito Black Style (uma tal d "dança do indio" é sucesso! além das versões dos funks cariocas escrotos do tipo: "deixa a marca do grelo no chão") e Saiddy Bamba tb, q faz um tipo mais "engraçadinho" - talvez seja a banda q tem o maior público aqui em SA, por não ser tão "baixa" qnt Black Style ou o Troco, mas sem ser assexuada, como Harmonia e Psirico são cada vez mais (assim como estão cada vez mais distantes do povão daqui tb, ao passo q recebem cada vez mais elogios d gente como Chatiela). Qnt a "hits" d carnaval, aí já é algo mais imprevisível (aposto q uma banda d axé molhará a mão d alguéns e sairá com o título - mas, pelo q vejo, o povão continua com o pagodão).

Não dá pra falar d pagode sem falar da versão d SA da guerra d classes.

abçs!
bom trabalho!

EI MANO ESSE ANO A GRANDE REVELAÇÃO DO CARNAVAL NÃO É DA BAHIA NÃO......É BANDA GRAFITH COM A DANÇA DO ENFICA!!!!!!!!!!KKKKKK

Ledson Chagas resumiu bem a cena musical do pagode baiano. Mas vejam a que ponto a coisa chegou: http://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/22523-dudu-da-new-hit-deixa-fa-simular-ato-de-sexo-oral-no-palco.html

No vídeo, gravado há cerca de um ano, o cantor Gerônimo já previa que isso qualquer hora acontecia...

magary lord é uma banda massa

Eddye o cara mais fodastico da história do Pagode Baiano infelizmente mudou o estilo que elevava o Pagode a um nível mais alto, letra de qualidade juntamente com o som diferenciado do Grove Arrastado, volta Edcity a ser o Eddye do Fantasmão, aquele sim era o mito do Pagode não esse atual com músicas sem letras marcantes e com um Grove que perdeu a verdadeira essência

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