terça-feira, 5 de julho de 2011

O dia em que a Gang do Eletro colocou os indies para rebolar

A Augusta é a rua mais tolerante e diversificada da cidade de São Paulo. Nela, convivem pacificamente travestis, prostitutas, gays, indies, punks, skinheads, headbangers e outras tribos. E, agora, os tecnobregueiros de Belém do Pará pleiteiam um espaço para desfrutar dessa mistura. E se depender do público local, já têm. A maior prova disso foi vista no show que a banda Gang do Eletro realizou na noite de 28 de junho no Studio SP. Com um plateia predominantemente indie, a banda formada por Marcos Maderito, Keila Gentil, William Love e DJ Waldo Squash literalmente colocou o público para dançar. E, convenhamos, presenciar garotas com roupas de pin up e rapazes barbudinhos de camisas xadrezes rebolando ao som do batidão amazônico é uma experiência inovadora.



Afinal, o espectro de influências da galera que frequenta o Studio SP, todos sabem muito bem qual é e ele passeia basicamente pelo rock alternativo. Mas parece que essa base está mudando. Os indies estão cada vez mais abertos a novas sonoridades e abraçam aos poucos a música eletrônica, o rap e ritmos regionais brasileiros. Isso é bom. Pois só assim está sendo possível presenciar nas casas de espetáculo da Augusta shows como o da Gang.

Tocando hits do porte de "Vou Passar o Sal" e "Panamericano", a banda provou que tem potencial de ultrapassar as fronteiras da região norte e ser sucesso também no sudeste. Seu som - espécie de tecnobrega moderno e pesado - é contagiante. Se colocou os exigentes indies para dançar, imagina só o poder dessa música em ambientes como casas de shows mais populares, comos os famosos bailões da periferia?

Mais que isso, os integrantes da Gang são donos de uma química perfeita. Maderito, o líder e fundador do grupo, conta com um carisma excepcional. William Love a cada show se solta mais e deixa sua timidez de lado. Keila Gentil, a Fergie da Gang, canta afinadinho e manda muito bem nas faixas em que é a vocalista principal. Já DJ Waldo Squash é certeiro na escolha das bases e arranjos. Junto com Maderito, ele forma a dupla criativa mais bacana e talentosa do tecnobrega.

O sucesso em nível nacional será questão de tempo. Estrondoso ou não, ele chegará. A banda só precisa de maiores espaços para mostrar seu trabalho. Em breve, terá uma arma importante para se auto-divulgar: o primeiro CD da carreira. No momento, eles estão em estúdio gravando um álbum com a produção de Carlos Eduardo Miranda. O projeto apresentará uma Gang do Eletro mais orgânica, utilizando guitarras e teclados, além das tradicionais bases eletrônicas. Será um novo passo na carreira da banda, que a cada dia se torna mais profissional e madura.

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Texto escrito com exclusividade para este cabaret por
Helder MaldonadoJornalista

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Como nosso blog prima sempre pela satisafação de sua clientela e pela busca insessante por oferecer sempre o melhor atendimento, postamos aqui, também com exclusividade o novo single da Gang do Eletro "Uno Treme Treme". Afastem os móveis da sala e BAILA, BAILA AÍ MUTCHATCHO!

1 comentários:

Realmente a Gang do Eletro revolucionou a maneira de fazer musica eletrônica no mundo. Posso parecer exagerado, porém, o eletromelody é a prova contundente que o Pará realmente é a terra dos ritmos.
Orgulho é pouco.
parabéns Waldo Squash e Marcos Maderito.

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