O Rock Nacional Morreu e teve show Sertanejo no Enterro

O sertanejo substituiu o rock como a música consumida pela juventude brasileira. Se esta frase fosse escrita no começo dos anos 90, seria considerada ficção escatológica, mas na atualidade é a mais Pura Realidade.

Exaltasamba Anuncia Pausa na Carreira

Depois de 25 Anos de uma Carreira Brilhante e de Muito Sucesso, o Grupo Exaltasamba anuncia que vai dar uma 'Pausa' na Carreira.

Discoteca Básica - Aviões do Forró Volume 3

O Tempo nunca fez eu te esquecer. A primeira frase da primeira música do Volume 3 do Aviões doForró sintetiza a obra com perfeição: um disco Inesquecível.

Por um Help à Música Sertaneja

Depois de dois anos, João Bosco e Vinicius, de novo conduzidos por Dudu Borges, surgem com mais um trabalho. Só que ao invés de empolgar, como foi o caso de Terremoto, o disco soa indiferente.

Mais uma História Absurda Envolvendo a A3 Entretenimentos

Tudo começou na sexta-feira, quando Flaviane Torres começou uma campanha no Twitter para uma Espécie de flash mob virtual em que os Fãs do Muído deveriam replicar a Tag #ClipSeEuFosseUmGaroto...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A diferença que um chapéu faz, na vida de uma pessoa - parte um

Meu único presente neste natal: um chapéu de peão boiadeiro.



Foi um dos piores finais de ano de minha biografia. Expulso de casa as onze e trinta da manhã de véspera de natal, com a roupa do corpo, cinco reais em dinheiro, uma carteira com três cigarros amassados e ameaçados de perda total e um celular sem créditos.

No terminal ônibus do Guaraituba nenhum de meus amigos atendia minha ligações a cobrar, num claro sinal de que fui bem sucedido em minha empreitada de não me levar a sério. Todos pensaram que se tratava de alguma palhaçada minha. Exigência de que ouvissem minha lista de presentes ou algo que o valha.

Depois de duas horas entregue às baratas, fazendo uso de uma inexistente vergonha na cara ao me recusar a contar aos ambulantes do terminal o que estava me acontecendo, meu amigo Tartaruga, que eu nem sabia que morava por aquelas bandas e a anos que não o via, apareceu do nada. Materializou-se em minha frente tal qual um Doutor Manhatan, aquele do gibi e do filme Watchmen, instantes antes de sua calamitosa coletiva.

Tartaruga é uma peça. Sem sequer ter concuído o ensino médio, aprendeu inglês e software livre autodidaticamente. Diz ele que está prestes a trabalhar em casa, fazendo programação hard core enquanto ouve as galinhas cacarejarem e os gansos grasnarem. É que ele me dizia que estava morando na colônia, quase um sítio a pouco mais de uma hora do centro da cidade. Um desses milagres da geografia moderna. Foi pra lá que ele me levou, me acolhendo em minha hora difícil.

A principio tudo correu bem. Ele mora no mesmo terreno que seu sogro, numa daquelas casas de madeira pré-prontas vendidas a preços populares. A ceia seria na casa do sogrão. Enquanto estávamos só eu, Tarta e sua família, estava sossegado. As coisas começaram a tomar um rumo diferente quando a notícia de minha situação correu o terreno, em meio as galinhas e os gansos, saltou a mureta de bambu e caiu nos braços da sogra doida varrida do meu amigo.

Aí foi foda!

Sua prática de terrorismo psicológico, descobri isso depois, foi aperfeiçoada por anos a fio. A principio pensei que ela estava realmente com pena, mas quando as frases de "que tristeza...", "que tragédia...", "é o primeiro natal que você passa longe de seus filhos?" começaram a dar claros sinais de que estavam ali para ficar, me liguei da encrenca em que estava metido. Quando a noite principiou e os convidados começaram a chegavar a conta gotas pensei que estava salvo. Ledo engano. Cada vez que alguem perguntava a alguem onde alguem iria passar a noite de natal, a véia erguia a voz e o dedo indicador e falava em alto e bom tom, sem olhar para mim:

- Natal é para passar com a família!

Aquela coisa de pessoas se abraçando, clima de confraternização e coisa e tal foi me paumolescendo, paumolescendo, paumolescendo, até que me injuriei, menti pro Tarta que minha mulher tinha me ligado pedindo desculpas e saí a caminhar, atrás de um buteco fuleiro qualquer, onde meus cinco pilas tivessem algum valor de mercado através do commodity dos fracassados. Cachaça.

Foi quando um farol alto de um Astra cinza me cegou os olhos, fazendo-me pensar que estava percorrendo meu caminho de Damasco e que eu era Paulo de Tarso, mas não era Jesus e sim Élcio, meu vizinho do lado direito.

- Entra aí Timpas! Entra aí Timpas, a galera tá toda lá em casa. Seu viado, você não sabe o quanto rodei te procurando, véio. Vamos lá, as crianças estão te esperando, enrolei elas dizendo que tu tava procurando o Papai Noel.

Chegando lá a carne já estava no fogo, meio mundo de gente já falando em tom de voz etílico e todos ansiosos pela famosa play list de meu Ipod. "Voa Beija Flor" do Jorge & Mateus lembro que foi a primeira. "Chora me Liga" do João Bosco & Vinicius a segunda e "Paga Pau" do Fernando & Sorocaba a terceira. Depois de uma introdução deste naipe, tanto faz como tanto fez a quarta música e a animação do churrasco já está garantida.

Acho que agora já dá falar do chapéu.

Já era mais de meia noite e um tiozinho que eu nunca tinha visto antes estava sentado ao lado de sua véinha, com uma cara meio que de tédio, vendo os outros cansarem e eu pensei. Vou botar um som pra mudar o status desse cidadão de invisível para disponível. Carquei Eduardo Costa. Foi batata. Assim que o primeiro verso "a primeira vez que eu te vi / pensei até que fosse uma miragem..." foi cantado pelo remake do Zezé di Camargo, o cara já estava de pé, abrindo uma lata de cerveja e exclamando que aquilo sim que era som e cantantando o refrão aos berros: "...me apaixoneeeeeei / quando vi o seu sorriso lindo se abrindo / chooooooorei sem querer".

Ao fim de três musicas, foi até o meu banquinho de som, bateu nas minhas costas e sorridente exclamou:

- Polaquinho, tenho um presente pra você lá no carro!

Abriu o porta malas de seu Corcel 2 e me deu o chapéu estaile pra cacete que falei na primeira frase do texto. Todos concordaram que a indumentária tinha caído super bem na minha pessoa física e desde então eu uso ele sempre, pra trabalhar, pra sacar grana na lotérica, pra comprar cigarro na banquinha do Seu Xavier, só tiro ele pra dormir. E pra tomar banho, posto que meu nome não é Raul Seixas.

O resto da noite trancorreu harmonicamente, escriba entornando uma lata atrás da outra a ponto de não lembrar de porra nenhuma do que aconteceu depois das três e meia da madrugada. O que lembro é que no outro dia amanheci sentado na garagem do Élcio, na companhia de um casal de irmãos pastores alemães adolescentes. Ringo Starr, deitado com a cabeça na minha perna, de olhos cerrados e Sophia Loren, me lambendo o rosto. Foi Élcio quem me acordou.

- E aí Timpas. Tá precisando de alguma coisa?
- Um banho, um café e um advogado.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Uma preza pras fãs do Luan Santana

Já que, segundo o contador de acessos deste blog mais da metade de quem o acessa o faz procurando por Luan Santana, deixo aqui um brinde. Um video raro dele na sala de aula do terceiro ano do segundo grau. Agora ele largou os estudos, a faculdade vai ter que esperar, porque agora ele é O NOVO REI DO POP NACIONAL!!!

Como nesse país o ano só começa mesmo depois do carnaval...

...deixo aqui minha mensagem de ano novo, posto que uma imagem, vale mais que mil palavras.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pergunta que eu te respondo, fio duma égua!!!!

É só mais uma frescura que inventaram? Não sei, mas vocês podem fazer essa mesma pergunta pra mim no meu Formspring.me

Todo o que vocês perguntar, juro que respondo. Quer experimentar? Vai lá > http://www.formspring.me/Timpin

Pra vocês, uma amostra das primeira QUESTÕES apresentadas ao seu cafetã predileto:

você é muito chato sabia? :) by CamilladeMello

Claro que eu sabia que sou chato. Ser chato me faz ser mais feliz. E chatear você é meu exercício de felicidade que mais EMFELEÇE.

Timposo, voce usa um pseudonimo porque? pra poder falar mal de todo mundo com mais tranquilidade ? .. kkkkk by KarolCandida

Buenas Tchê! Falar mal de todo mundo seria exagero de sua parte. Mas que é pra poder falar mal de quem merece com mais segurança, isso é. Uma vez perguntaram pro João Gordo quando ele sentiu mais medo na vida: quando falou mal dos Ramones. Lidar com fãs é algo muito, mas muuuuuiro perigoso.

Vc descobre os podres de todo mundo..Tem medo de morrer não? :O by ThalytaPereira

Well, pra semente não quero ficar, me desagrada a idéia de ser enterrado, ter que inchar por uns par de dias pra depois conseguir germinar. No mais, quer uma morte mais ESTAILE do que por causa de um post num blog. MA-gina a matéria nos tablóides na manhã seguinte: "Matou o blogueiro e foi pro Bailão" ou então "Denunciado por um blog, Rosenildo não perdoou, colocou CHUMBINHO no MUNGUZÁ do blogueiro"

voc é gay? by KarolCandida

Apesar de ser GAÚCHO, ter nascido em PELOTAS e ser fã da STEFHANY, tinha tudo para BELISCAR O AZULEJO, no entanto sou hetero convicto, PRATICANTE, sindicalizado e só não pago dízimo porque que minha religião não permite. Agora, vou ser sincero aqui, viu menina? da próxima vez que você usar este mui estimado recurso novo da web pra me fazer perguntas DESTE NAIPE de falta de noção eu juro, olhe que EU JURO que mando vc enfiar um peixe no C# e sair nadando feito sereia de água doce!


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Que venha o Volume 3 da Stefhany!



Os fãs estão ansiosos. Os fãs estão aflitos. Prometido para novembro do ano passado e adiado diversas vezes, a nova previsão de lançamento é no final de janeiro. Estamos falando do terceiro disco da DIVA ABSOLUTA Stefhany. O lançamento está sendo aguardado com altos índices de expectativa por ser o primeiro trabalho sob nova direção, ou seja, uma produção bem mais caprichada do que os dois primeiros, que foram concebidos sob seríssimas restrições orçamentárias.

Os avanços já podem ser observados nos novos clipes disponibilizados na Internet.

Em entrevista ao portal R7, Stefhany comentou cada uma das faixas de seu novo disco. Leiam abaixo e tratem de liberar espaço em seus HDs para o download.

Faixa a faixa com Stefhany

Rei do Universo – É a primeira música do disco. Nela, faço um apelo para que a destruição do planeta, a fome, a maldade e a violência acabem em todo o mundo.

Meninos Sexy – Valoriza os homens. Cada mulher gosta do homem que tem. E, independente da idade deles, elas sempre os veem como meninos sexy.

Eu Não Me Apaixonei – Na verdade, esse é o nome da música Homens de Lama. Fiz essa canção em homenagem ao Michael Jackson.

Forró Feliz – Narra uma noitada em um forró onde toda a família pode ir e todos se divertem, são felizes.

Tanta Loucura – Fala da perda de um grande amor. Essa música foi baseada na minha vida. Meu pai morreu quando eu tinha cinco anos e nos deixou sozinhas [mãe e irmãs].

Falem de Mim – Essa faixa rebate todas as críticas que recebi desde o início da minha carreira. Para mim, quem desdenha quer comprar. Falem bem ou mal, mas falem de mim.


Eu Vou Resistir – Fala de uma mulher que, mesmo gostando do cara, resiste e não volta para ele. Ela está magoada e não se deixa levar pela conversa dele. Ela vai dar a volta por cima e se libertará desse amor nocivo.

O Tempo Fechou – Conta a história de uma mulher que pega seu homem com outra. Ela se desespera e faz o tempo fechar.

Vacilou – Narra a história de uma mulher traída que decide não voltar mais para o seu amante.

Pra Ser Sincera – É uma música romântica que diz o quanto é bom estar apaixonada.

Tenho Medo de Falar – É sobre o medo, que todos nós sentimos, de ser sincero em nossos relacionamentos amorosos.

Demais – Conta a história de uma mulher que rompe um relacionamento que não é legal. Livre, ela começa a exagerar na dose. Chora demais, vai a muitas festas, cai na balada demais. Enfim, faz tudo em exagero.

Acalma Solidão – Essa música também é baseada na minha história. Quando eu era criança, tinha medo da escuridão e chamava Deus para clarear as minhas noites.

Parei no Tempo – Fala sobre uma mulher que, depois de uma desilusão, se fecha para o amor.

Reflexos de Amor – Mais uma vez, fala sobre uma mulher. No entanto, agora, ela está fortalecida e decide que não irá mais sofrer.

Meu Mundo Desabou – É uma música que aborda o tema traição.
Meu mundo Desabou é do segundo CD da Stefhany, Vem me amar e vai ser relançada.

Madrugada – Essa faixa encerra o disco. Ela conta a história de uma mulher que espera a chegada do amado em uma madrugada.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Festival de Verão de Salvador Boicota o Bonde do Maluco

Para os que, assim como eu, se encheram de esperança com a notícia do posts anterior, resta apenas a decepção. Akon escutou a versão em português de sua Don´t Matter, gostou, decorou o refrão na língua lusitana, porém na hora do shw, a produção do Festival de Verão de Salvador achou por bem chamar Cláudia Leite, que não só não sabia a letra como também não sabia dançar Arrocha.

É fato que o americanos manifestou seu interesse pela versão do Bonde Maluco meio que em cima da hora, porém nem uma simples ligação para conferir a agenda do Bonde foi feita. Nas entrevistas à imprensa brasileira Akon já tinha demonstrado interesse em conhecer quem fez a versão, faltou no mínimo boa vontade por parte da Organização. A organização se comportou como se a banda não existisse ou então como se fosse algo menor, que não caberia no evento.Só que paralelamente ao festival foi organizado um show reunindo Bonde do Maluco e Silvano Salles. Neste show estavam presentes mais de 20.000 pessoas. Isso é coisa menor?

Este fato é mais uma prova de que a mídia da Bahia depreza o Arrocha como uma manifestação cultural menor. As razões deste desprezo não são difíceis de identificar. O Arrocha surgiu da cultura das serestas, aquelas festas populares do interior e das periferias dos grandes centros nordestinos, animadas por música brega e frequentada por aquelas pessoas que a classe média costuma estereotipar como putas, cornos, bêbados e vagabundos.

Se eu me equadro em alguma das categorias acima eu não sei. Provavelmente serei o último a saber. O que sei é que quando morava em Pernambuco era considerado um piolho de seresta. Estava sempre lá, bebendo, fazendo amigos e raparigando e muitas pessoas fantásticas, amizades que duram até hoje, encontrei e conheci em serestas.

A Bahia tem vergonha de seu Arrocha. Isso é lamentável e despertou em mim aquela vibe justiceira que quem acompanha meu trabalho, conhece por tudo que fiz com o tecnomelody do Pará e sua apropriação ilegal cometida pelos baianos da banda Djavu. Poir isso, aguardem aqui, muito em breve, uma série de matérias sobre Arrocha. Seja perfil biográfico de bandas, resenha de discos ou até mesmo análises de certos aspectos antropológicos, sociais e políticos do gênero.

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